terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Dia 03-01-09 - De Viedma à Puerto Pirâmides

O trajeto de hoje foi menor que o de ontem. Rodamos 533km na ruta 3. Saímos de Viedma às 09h e chegamos às 15hs em Puerto Pirâmides. A cidade, se é que podemos chamá-la assim, é minúscula e absurdamente cheia de turistas. A região é muito árida, quase desértica. Às vezes, custa-se a acreditar que estamos no litoral. No trajeto de ontem, chegamos a pegar pedaços da estrada com muita areia, que  aliada aos fortes ventos, resultava em uma "nuvem" de areia, que em alguns lugares, chegava a reduzir a visibilidade. Uma coisa na ruta 3 impressiona: a quantidade e extensão das retas. Elas são intermináveis, o que permite abusar um pouco da velocidade. Tal velocidade, faz com que os outros carros se cruzem mais rápido que no Brasil, fato que nos leva a ter ainda mais cuidado nas ultrapassagens. Outra coisa que espanta é a distância entre um ponto habitado e outro. Percorremos mais de 160km sem ver um posto de combustível...

Os hotéis estão em sua capacidade máxima e tem uma estrutura bastante "espartana". Ao chegarmos à cidade, fomos ao balcão de informações ao turista descobrir o endereço do nosso hotel. A responsável pelo serviço nos informou quais eram os bons hotéis da cidade e, tivemos uma surpresa ao vermos que o "melhor" hotel daqui deveria estar classificado entre um dos "mais simples" aí do Brasil. Certamente de albergue para baixo. Diminuímos ainda mais nossa expectativa quanto ao nosso local de descanço... Um pouco mais à frente, vi algumas cabanas juntas e brinquei: papai, olha lá o nosso hotel. Estava realmente brincando, mas devia ter ficado calado pois qual não foi minha surpresa ao ler, na placa em frente às "cabanas": Lanubel del Angel... O nome era exatamente o que constava na nossa confirmação de reserva. Olhamos uns para os outros e, por um momento, discutimos a possibilidade de nem entrar, mas a lotação das praias e dos demais hotéis, nos trouxe à realidade. Era aquele ou nada. Tomamos coragem, descemos e nos encaminhamos à recepção. Colado na porta da sala lía-se: fui almoçar, volto logo... Decidimos ir embora e procurar outra opção, mas a proprietária do hotel chegou e nos entregou o apartamento (que agora ganha um nome mais respeitoso). Bagagens desembarcadas e passado o choque inicial, fomos almoçar e de lá fomos à uma loberia, apreciar a bela visão de leões/lobos marinhos em seu estado selvagem. Os bichos são muito bonitos e fazem um barulhão.

Enfim, o lugar é rústico, mas extremamente bonito. Amanhã iremos conhecer toda a península e ver, além dos animais já citados, pinguins e elefantes marinhos. Embora seja praia de águas extremamente frias, a impressão é de que existe um sol para cada um de nós. É absurdo como o sol é forte por aqui.

São 21h45 e posso ver, pela fresta da janela, o último raio do sol de hoje. Que loucura...

Alessandro

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